quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um conto de Dezembro II parte - O encontro



Cansada de procurar a Deus e não achar, decide sai e ir atras dele.
As cinco da manhã me levantei, vesti uma calça jeans, arrumei minha mochila com biscoitos Trakinas e Coca-Cola.
Sai antes do nascer do Sol caminhei por toda a manhã.
O Sol já estava alto, quando cansada e com fome me sentei no banco de uma praça qualquer.
Um senhor de idade se sentou do meu lado, parecia com fome.
Ofereci a ele meu biscoito Trakinas e Coca-Cola, ele aceitou com um sorriso. Um sorriso lindo que lembrava o do anjo.
Sem dizer nada um ao outro passamos o resto do dia sentados no banco da praça qualquer, vendo as pessoas que iam e vinham com pressa e desatentas.
Quando o fim da tarde tingia o céu, nos despedimos e eu voltei para casa.
Minha mãe, minha pobre mãe.
Preocupada, chorando e gritando queria saber onde estive a tarde toda.
Então respondi com toda a felicidade que sentia.
- Eu passei a tarde com Deus, ele tem o sorriso mais lindo do mundo.
Do outro lado da cidade, o senhor de idade chegava em casa.
Seu filho desesperado, vai logo perguntando onde ele esteve a tarde toda. O velhinho com o sorriso mais lindo que existe lhe respondeu.
- Eu passei a tarde com Deus, sabia que ele gosta de biscoito Trakinas e Coca-Cola?

"Deus está em tudo o que existe, não o procure em construções de pedras e madeira.
Se levantar uma pedra você o verá, se cortar um pedaço de madeira você o achará".


Um conto de Dezembro I parte - O anjo



Era uma noite chuvosa e fria, a casa parecia vazia, a única coisa que quebrava o silêncio era o arranhar dos galhos da árvore no telhado do meu quarto, ele parecia gritar "acorde Vera, acorde." Mas o frio e o cansaço me impediam.
De repente o vazio da casa se preencheu, o barulho no telhado cessou.
Uma luz irradiou meu pequeno e desarrumado quarto.
Se aproximou da minha cama, pela primeira vez na minha vida senti medo do desconhecido.
A luz branca tomou forma, olhou pra mim e sorriu.
Nem um gesto a mais, nem um gesto a menos. Desapareceu, virou faísca, que virou nada.
A casa ficou vazia novamente, o arranhar dos galhos no telhado voltou a gritar "acorde Vera, acorde."
Acordei. E no ar ficou a dúvida.
Eu vi um anjo, ou apenas sonhei.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Estou morta? Virarei cinzas!


Estou morta?
Sequer vi o que me atingiu,
Deve ter sido o ódio
Deve ter sido o amor,
Ambos um só sentimento,
O punhal de duas lâminas
Mata a quem fere
Mata a quem ama.

Estou morta?
Não, não me enterre
Não quero meu sagrado templo
Comido por vermes,
Não joguem flores em minha lápide fria,
Por não me dares enquanto meu coração batia,
Porque não há necessidade
De decepar a cândida beleza da rosa
A um corpo que já não tem mais vida.

Estou morta !
sim estou, e já me conformei,
Como é bom retornar ao colo de minha mãe
" Das cinzas eu vim, as cinzas eu voltarei ".

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Agonizando


Eu, verme sombrio
Rastejo pelo quarto vazio
Quatro paredes
Silêncio, calafrio.

Meus pulsos e punhos
Cortados, frágeis
Agarram sem sucesso
A minha liberdade.

Não há mais cortes
Feridas se fecham
Com  um simples toque.

Cativa, sozinha
Sem amor, sem dor, sem rancor
Esta tudo perdido,
Tudo destruído
           E acabou.

sábado, 12 de novembro de 2011

Sonho de Primavera


O vento bate na janela
E traz o cheiro do jardim,
Das flores que nunca tive na primavera.

O sol já nasceu
Mesmo assim a estrela brilha,
Tão perto que quase posso tocá-la

A meia noite, na luz negra
Nas sombras do vale
Borboletas multicoloridas
De beleza e de dor.

É irreal, é imaginário 
esse é o meu mundo 
meu sonho de amar
De sentir meu coração palpitar.

Fallen


A solidão se apossou
do meu coração ferido,
Os dias longos distanciam,
quem um dia me foi querido.

Tantas dores só tornaram
Meu semblante mais sombrio,
Na penumbra onde vivo,
Cai a noite vem o frio.

O sofrimento me afastou
Até esse mundo sem cor,
As feridas ficam abertas maltratadas pelo rancor.

Os meus ouvidos já cansados
Vivem agora na escuridão,
A luz do sol me fere a alma,
Meu abrigo é a solidão.

Tristeza


Há um vazio em mim,
Uma sombra escura que me cerca,
Achei que tinha tudo o que precisava
Mas sinto que isso não basta.

Sento no calçada,
Escondo meu rosto com as mãos,
E quando tento me encontrar, a lágrima cai ao chão
E uma imensa tristeza invade meu coração.

Me perdoe se não lhe dou um sorriso,
Mas o desconcerto do meu abrigo é por falta de proteção.

Nesse chão de estrelas te presenteio a fantasia,
Da minha falsa alegria,
Como apenas uma mera ilusão.

Não consigo entender o que falta
Mas peço a deus que isso chegue ao fim,
Enquanto isso
Procuro em mim um caminho pra seguir ao teu lado,
E me encontrar de novo será um sonho realizado.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Versos Vazios







Ai de mim, uma folha de papel em branco
Um lápis que não percorre o pálido manto
Só o que me resta é o meu pranto.

Mente vazia, ou talvez
Só melancolia
Que  enche meus dias.

Que faço se não
Há mais sonhos?
Portanto não há versos,
Portanto não há vida.

Que faço?
Morrerei nessa agonia
Sem poetar, sem poesia
Até o fim dos meus dias?

sábado, 23 de julho de 2011

Coração Negro

Coração Negro, negro coração
Não foi feito para amar
Não tente se apaixonar
Ele está trancado, lacrado
fora do ar.

Alma sombria
Tuas lágrimas não podem curar feridas
Cinzas de rosas não trazem alegria
Resto de amor não te faz companhia.

Este coração está sem destino
Perdido no tempo, sem caminho
Não pode pertencer a você
Não pode pertencer a ninguém.

Eu sei bem como ele se sente
Pois dentro de mim ele ainda bate lentamente
E quando em minha morte
E no meu peito ele parar de palpitar poderás dizer:
Aqui jaz um coração, que viveu e morreu sonhando em amar.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Odeio tudo em você







Odeio tudo em você
Odeio quando me abraça, pois me faz perder o chão;
Odeio quando me decifra, pois me tem em suas mãos;
Odeio quando me faz sorrir, pois afasta a solidão;
Odeio quando me toca, pois me faz perder a razão;
Odeio quando invade meus pensamentos, pois me tira a concentração;
Mas eu me odeio principalmente, por permitir que me roubasse o meu coração.

Anjo








É inverno no inferno
O anjo caido perdeu as asas
Veio em busca de respostas
Das perguntas que nunca foram feitas.

E sei que um dia vai encontrar
Nem que seja na sombra tenebrosa de um eclipse
É inverno no inferno
A lágrima caiu pelo sangue derramado
O sacrificio de quem não foi ressucitado
É inverno no inferno
E não há como se esconder
O fim vai começar
E eu tenho pena de você.

Lágrimas






Quando uma gota de cristal cai na face pálida
Logo se percebe o motivo da lágrima
Você não esconde seus sentimentos e nem disfarça
Pois não há como impedir

No frio da noite deitado em sua cama
Quando te tortura a solidão
Ou no momento de alegria ao lado da pessoa que ama
Quando lhe vem a emoção
Ela sempre cai você querendo ou não.

domingo, 26 de junho de 2011

Uma canção de inverno

Tudo parece tão complicado
Como se meus sonhos estivessem presos,
A escuridão me cerca,
Não sei se vou sobreviver
Me falta o ar para respirar,
Nesse inverno as folhas caem
E formam um tapete no chão,
Onde meus pés não podem tocar.

Eu não choro
Pois as minhas lágrimas não são suficientes
Para curar a minha dor.
Talvez quando eu morrer isso passe,
E na tranquilidade do meu firo túmulo
Eu descansarei longe dessa
Mediucridade mortal.

E ai o que parece complicado
Irá se simplificar,
Os meus sonhos
Estarão livres,
E tudo será luz,
Pois em minha eterna morte
Não sentirei mais o frio do iunverno.

Cavaleiro Negro

Cavaleiro Negro onde vai
Com a espada desembanhada
Reluzente a luz da lua?
Onde está tua armadura?

Deixaste teu coração exposto
Lançou teu escudo por terra
E agora vai a guerra
Apenas com a espada desembanhada 
Reluzente a luz da lua.


Cavaleiro Negro, deixou
Alguém a sua espera
A senhora na janela
Que sonha com o teu retorno


Por ela despiu tua armadura
E por ela não voltará
Pois deixaste teu peito exposto
E agora ele está morto


Cavaleiro Negro não demores
As rosas que cultivou
Foram novamente envenenadas


E agora elas sangram
este é o teu sangue
Cavaleiro negro não demores
As rosas estão morrendo.


                                                                 in memorian: Flavio Felix

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