sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Blues da solidão



A véspera do escarro, o vinho entorna
Bate o copo na mesa com severidade
Um olhar triste e vago reflete no espelho
Há muito já perdera a vida,
Envelhecendo a própria liberdade.

O homem vazio olha a sua grande janela
Quanto céu! Quanta imensidade!
Pena não poder ter asas
Voar em direção a outra realidade

Escarra novamente, recolhe seu violão
Entoa o som da primavera
Vazio agora é seu coração
Deitado no chão espera a sua Quimera
Hei de devorar-te o que lhe resta
Morre acompanhado da solidão
O homem vazio agora aqui jaz
Sem escarro, sem vinho, sem canção.

Um comentário:

Seguidores